domingo, 19 de dezembro de 2010

Gran Torino




Gênero: Drama
Duração: 116 minutos
Lançamento: 2008
Produção: Austrália/EUA
Site oficial: www.grantorino.com.br
Classificação etária: 14 anos

Ficha Técnica
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Nick Schenk, baseado em história de Dave Johanson e Nick Schenk
Produção: Bill Gerber, Clint Eastwood e Robert Lorenz
Fotografia: Tom Stern
Montagem: Joel Cox e Gary Roach
Direção de arte: John Wamke
Música: Kyle Eastwood e Michael Stevens
Figurino: Deborah Hopper
Efeitos Especiais: Pacific Title & Art Studio
Estúdios: Warner Bros./ Village Roadshow Productions/ Gerber Pictures/ Media Magik Entertainment/ Matten Productions/ Double Nickel Entertainment/ Malpaso Productions
Distribuição: Warner Bros.



Elenco
Clint Eastwood - Walt Kowalski
Christopher Carley - Padre Janovich
Bee Vang - Thao Vang Lor
Ahney Her - Sue Lor
Brian Harley - Mitch Kowalski
Geraldine Hughes - Karen Kowalski
Dreama Walker - Ashley Kowalski
Brian Howe - Steve Kowalski
Willian Hill - Tim Kennedy
John Carroll Lynch - Martin
Brooke Chia Thao - Vu
Scott  Eastwood - Trey
Doua Moua - Spider

O filme
     O aposentado Walt Kowalski é um veterano da Guerra da Coreia. Tem uma vida pacata, dividida entre pequenos consertos domésticos e a cerveja, mas sua rotina é abalada quando passa a ter como vizinhos imigrantes hmong, vindos do Laos. Walt os despreza. A situação se complica quando Thao, seu tímido vizinho adolescente, é obrigado, por uma gangue, a roubar o carro de Walt, um Gran Torino, seu grande orgulho, retirado da linha de montagem em 1972. Walt impede o roubo e com isso se torna um herói do bairro, especialmente para Sue, mãe de Thao, que insiste em trabalhar para Walt como forma de recompensá-lo.

Curiosidades
  • Os atores hmong foram selecionados em comunidades de Detroit, no Michigan; Saint Paul, em Minnesota; e Fresno, na Califórnia. Nenhum deles, com exceção de Doua Moua, já havia atuado em um filme.
  • Foi um dos primeiros filmes a utilizar a nova lei de incentivos fiscais aplicada pelo Estado de Michigan, de forma a atrair novas produções para o local, prática adotada em boa parte do mundo, mas que nos EUA é quase uma excentricidade.
  • A canção Gran Torino é apresentada nos créditos finais, sendo cantada por Clint Eastwood e Jamie Cullum. Esta versão consta apenas do filme, já que na trilha sonora Eastwood foi substituído por Don Runner.
  • Clint Eastwood, um dos mais respeitados diretores da atualidade, começou sua carreira como ator de filmes de ação, principalmente westerns. Menosprezado em boa parte do mundo, foi Jean Luc Godard, um cultuado cineasta francês que abalou o mundo com sua filmografia da década de 60, quem despertou a crítica especializada para o talento de Eastwood.
Algumas possibilidades de trabalho com o filme Gran Torino
  • Áreas curriculares: Linguagens e Códigos e Ciências Humanas
  • Sugestão de disciplinas: Língua Portuguesa, História, Geografia, Sociologia e Filosofia.
  • Tema: Ética, Pluralidade Cultural e Trabalho e Consumo.



Orientações Preliminiares
     Gran Torino é um filme que mostra aspectos da crise econômica e moral da sociedade estadunidense a partir da década de 1970. Além disso, é uma reflexão acerca da xenofobia e da intolerância em relação a outras culturas. Levando-se eem conta tais aspectos, recomenda-se a participação de diferentes disciplinas na discussão deste filme.

Atividades
     Antes de assistir ao filme, oriente os alunos para focarem sua atenção nas personagens (como o diretor as construiu, tom da fala, gestos, olhares, vestimentas). Quais são suas características como personagens?
  • Walt Kowalski
  • Thao (vizinho da etnia hmong)
  • Sue (irmã de Thao)
  • Ashley (neta de Kowalski)
    Verifique com os alunos as possíveis respostas para a questão: por que o filme se chama Gran Torino?




Atividade 1
     Um dos temas centrais do filme discorre acerca da decadência econômica na cidade de Detroit. Assim, o velho Kowalski, um veterano da Guerra da Coreia e metalúrgico da Ford, vive num mundo no qual valores caros a ele se esvaem, tais como hierarquia, respeito, disciplina e trabalho. A relação entre pai e fillhos ou avô e os netos é eivada pelo preconceito, escárnio, interesse material e desrespeito. Note-se que há uma representação da crise do American way of life, por um lado, e, por outro, uma crença nos valores fundamentais da "utopia americana": liberdade, livre-iniciativa, abertura ao outro perseguido pelas intolerâncias. Neste aspecto, o filme é ambíguo: critica a decadência da América - representada pela família arrivista e "nova-rica" do velho Kowalski - mas projeta a utopia da liberdade e tolerância como fundadoras da "América" nos projetos dos imigrantes.
       É interessante notar que o filme pode ser lido como um sintoma das transformações que vêm ocorrendo no mundo do trabalho, mais especificamente as transformações do taylorismo/fordismo para o toyotismo.
     Assim, oriente os alunos para que, em grupo, escrevam um texto dissertativo-argumentativo com o intuito de explicar os fatores da decadência econômica e moral dos EUA, especificamente Detroit. Para tanto é preciso:
  • observar a relação entre Walt Kowalski e seu filho Mitch (vendedor de carros, pai de Ashley);
  • observar a relação entre Walt Kowalski e Thao (especialmente quando passa a ser seu tutor); 
  • observar a relação entre Walt Kowalski e o carro Gran Torino, da Ford;
  • ler textos em livros didáticos de História e de Geografia sobre as mudanças no mundo do trabalho ocorridas a partir da década de 1970;
  • pesquisar, na internet, informações sobre a cidade de Detroit. Seria interessante comparar as transformações ocorridas em Detroit com as que ocorreram no Brasil, principalmente na região do ABC, em São Paulo.



Atividade 2
     O filme aborda questões em torno da xenofobia/intolerância cultural. Kowalski (nome polonês) e seus amigos (barbeiro italiano, irlandeses beberrões, etc.) são imigrantes brancos, mas estão fora do padrão tradicional da etnia fundadora dos EUA: branca, anglo-saxão e protestante (a família Kowalski é católica). Portanto, o filme tensiona os preconceitos dos velhos imigrantes já estabelecidos e aceitos - até por serem brancos europeus, mesmo sem serem Wasp - White Anglo-Saxon Protestant (anglo-saxão branco e protestante) e os novos imigrantes, asiáticos. Os negros têm um papel menor no filme quando aparecem, são mostrados como delinquentes. É um filme que problematiza, para além do "politicamente correto", as questões raciais dos EUA. É importante destacar que a questão racial no Brasil não deve ser pensada nos mesmos termos sociológicos e culturais dos EUA.

      Promova um debate com o intuito de discutir tais questões. Para tanto, peça aos alunos que observer:
  • as características da casa de Walt Kowalski e as transformações, em termos da composição étnica da população, que ocorreram no lugar no qual mora;
  • os termos linguísticos que Walt Kowalski utiliza para se referir aos grupos étnicos diferentes;
  • o diálogo de Walt Kowalski com Sue, principalmente na casa dela, no dia de seu aniversário (capítulos 11 e 12, aproximadamente aos 42 minutos).

Para pesquisar e debater:
  • Peça que os alunos leiam no site Médicos Sem Fronteiras (www.msf.org.br) uma notícia acerca da situação da etnia hmong atualmente.
  • Seria interessante comparar a questão do preconceito na cidade/comunidade onde a escola está inserida, principalmente em relação a pessoas afrodescendentes e de origem nordestina. Peça para aos alunos pesquisarem notícias na internet.
  • Como o filme faz referência às Guerras da Coreia e do Vietnã, proponha aos alunos pesquisarem, no livro didático ou na internet, e registrarem em fichas as informações factuais - o quê, onde, quando e principais características - desses acontecimentos.
  • *Caderno de Cinema do Professor 4
Outro filme: Entre os Muros da Escola. Direção: Laurent Cante, 2008, 128 minutos.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Partida







A Partida (Okuribito)
Gênero: Drama
Duração: 130 minutos
Lançamento: 2008
Produção: Japão
Classificação etária: 10 anos

Ficha Técnica:
Direção: Yojiro Takita
Roteiro: Kundo Koyama
Produção: Toshiaki Nakazawa, Toshihisa Watai e Ichirô Nobukuni
Fotografia: Takeshi Hamada
Montagem: Akimasa Kawashima
Música: Joe Hisaishi
Estúdios: Amuse Soft Entertainment/Dentsu/Mainichi Hoso/Sedic/Shochiku Company/Asahi Shimbunsha
Distribuição: Paris Filmes

Elenco:
Masahiro Motoki – Daigo Kobayashi
Tsutomu Yamazaki – Ikuei Sasaki
Ryoko Hirosue – Mika Kobayashi
Kazuko Yoshiyuki – Tsuyako Yamashita
Kimito Yo – Yuriko Kamimura
Takashi Sasano – Shokichi Hirata



O filme:  Um violoncelista retorna à sua cidade natal após a orquestra em que tocava ser dissolvida. Lá ele passa a trabalhar em uma casa funerária, na preparação dos mortos para o enterro. A profissão, cercada de tabus, revela um mundo novo e delicado ao violoncelista e ele acaba fazendo dela sua arte.
Curiosidades:
·       Ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2009.
·       Ganhou o Grand Prix des Amériques no Festival de Montreal.
·       Ganhou o prêmio de Melhor Filme – Juri Popular no Festival de Palm Springs.

Algumas possibilidades de trabalho com o filme A Partida
·       Áreas curriculares: Linguagens e Códigos/Ciências Humanas
·       Sugestão de disciplinas: Língua Portuguesa, Artes, História, Geografia, Sociologia e Filosofia.
·       Temas: Pluralidade Cultural, Trabalho e Consumo:
cultura e sociedade; felicidade e temas contemporâneos – morte e prazer; a humanidade na diferença; conteúdos simbólicos da vida humana; tradição e ruptura, permanências e mudanças.

Considerações preliminares:
     Todos sabemos que qualquer filme a ser trabalhado em aula deve ser assistido previamente pelo professor. Em A Partida, esse cuidado se faz particularmente necessário. É de fundamental importância que o professor reflita previamente sobre a condição de sua turma para assistir a obra, considerando a complexidade e a delicadeza de seu tema.        Dessa forma, a participação de professores de diferentes disciplinas sempre é fator de fortalecimento do processo de análise. Cada disciplina poderá selecionar uma ou mais atividades referentes ao filme, promovendo, assim, a troca e a soma de interpretações e pesquisas.
     O filme trata de uma especificidade da cultura japonesa em relação aos rituais de morte, mas a abordagem dessa particularidade acaba por nos remeter à reflexão acerca de uma condição que é universal. No caso desse filme, pensar sobre a morte e seus rituais equivale a fazer, necessariamente, uma profunda reflexão sobre a vida.

Atividades:
Símbolos e expressão de sentimento:
     Esta é uma possibilidade para fazer um “aquecimento” com os alunos, antes de assistir ao filme. O professor poderá solicitar que tragam ou descrevam um objeto de que gostam muito ou que retrate algum momento de sua vida, e que possam compartilhar com os colegas, expondo:
·       O significado do objeto – por que passou a fazer parte de sua vida;
·       Os sentimentos que esse objeto simboliza.

             O título original:
                   Solicite aos alunos que descubram o significado do título original (Okuribito, em japonês- Okuri= levar, bito=pessoa) com alguém que domine esse idioma ou em pesquisa na internet. Peça que estabeleçam a relação do título original com a história do filme e o comparem com o título dado em português, registrando suas conclusões em um pequeno texto.

               Ver, ouvir e observar:




     O filme está repleto de sons, silêncios, cores, formas e paisagens. Reflita com seus alunos sobre os seguintes aspectos e seus significados:
·       A música ocupa papel de destaque no filme. Em que momentos ela é utilizada como um elemento importante na história do filme? Outro exercício seria identificar as músicas utilizadas. Nona Sinfonia de Beethoven; Ave Maria de Gounoud e Wiegenlied de Brahms (que remete à memória do pai do protagonista).
·       Da mesma forma, como o silêncio é utilizado no filme? Peça aos alunos que observem os recursos utilizados pelo diretor para que, mesmo com o mais absoluto silêncio, as cenas veiculem uma profusão de informações e diálogos.
·       De que maneira o som e a imagem contribuem para o expectador compreender a passagem do tempo na história do filme? Pode-se destacar os indicadores de tempo utilizados, tais como o tempo da natureza e as variações da música.
·       Há várias cenas em que o diretor utiliza o recurso do close, retratando o rosto das personagens de forma bem próxima. Discuta com os seus alunos quais poderiam ser as finalidades da utilização desse recurso.

Permanências e mudanças

     Em meio a um Japão moderno e tecnológico, o filme aborda a sobrevivência ou a luta pela manutenção de algumas tradições. Para refletirmos acerca das permanências e mudanças que o filme apresenta, solicite aos alunos para indicarem cenas em que sejam abordados, por exemplo, os seguintes aspectos:
·       Valores e hábitos tradicionais da cultura japonesa;
·       Conflito de gerações;
·       Ocidentalização ou adoção de novos valores e hábitos.

Os alunos poderão elaborar um quadro comparativo, contendo os principais elementos do filme que indicam as permanências/tradições e mudanças/rupturas.

     Outra possibilidade seria destacar pontos específicos a serem observados no filme, conforme os exemplos seguintes. Inicialmente, é importante que o grupo reflita sobre o que são rituais e preconceitos, para então abordar as perspectivas apresentadas pelo filme.

     A classe pode ser organizada em grupos, de maneira que cada um seja responsável pela análise de um tema diferente, entre os sugeridos a seguir.

Os rituais:


·       O filme apresenta um ritual mortuário de grande relevância na cultura japonesa. Peça ao grupo que analise se esse ritual contém aspectos que representam a tradição ou a modernidade do Japão.
·       No filme, é possível observar que esses rituais se constituem como um momento de profunda elaboração da perda para familiares e amigos. Peça ao grupo que analise a forma como o filme apresenta o comportamento das personagens antes, durante e após a realização do ritual.
·       Peça aos alunos que pesquisem como outro povos e países – tais como México, China, Egito antigo, India,Tibete, EUA e Espanha, entre outros – tratam os rituais de morte, comparando-os com os existentes no Brasil.
Preconceitos:

·       O filme apresenta uma situação de preconceito que desvaloriza uma profissão, embora, contraditoriamente, seu trabalho seja parte de um ritual socialmente aceito. Na opinião dos alunos, por que essa situação ocorre?
·       Há mais situações que envolvem outras formas de preconceito no filme? Peça ao grupo que descreva as cenas em que esss situações se apresentam.
·       Avaliando a maneira como o filme tratou as situações de preconceito, reflita com o grupo se o diretor está contribuindo ou não para que esses preconceitos sejam superados e por quê.
·       Partindo de nossa vida cotidiana, quais situações de preconceito abordadas no filme possuem paralelo com outras vivências ou presenciadas pelos alunos? É possível superar um preconceito? De que maneira?
                      O trabalho:
·       O filme destaca algumas profissões. Peça ao grupo para refletir sobre elas, analisando quais representam a tradição e quais, a modernidade. Analise, ainda, por que algumas são socialmente valorizadas e outra não. É possível observarmos o mesmo contexto no Brasil? Em que situações?
·       O protagonista passa por uma situação de completa mudança em sua vida profissional, vivenciando o conflito de transitar de uma profissão socialmente respeitada – músico erudito – para outra socialmente desvalorizada. Solicite ao grupo que descreva essa trajetória e analise as atitudes e posturas assumidas pelo protagonista.
·       Como o filme apresenta a questão do desemprego? Proponha aos alunos que comparem essa situação com a que vivemos no Brasil.
                      Após essas  discussões, cada grupo irá apresentar suas conclusões para a classe. Havendo possibilidade, os grupos destacariam trechos do filme que ilustram suas análises e comentários.

A condição humana
     O filme suscita reflexões profundas sobre a vida, especialmente acerca de nossas opções, realizações e relações interpessoais. Assim, pode-se propor aos alunos uma reflexão conjunta, a partir das seguintes sugestões:
·       O filme demostra a dificuldade que algumas personagens tinham para expressar – e, portanto, para viver – os sentimentos. Registre com a turma que cenas ou situações revelam essa dificuldade. Discuta com eles quais teriam sido, de acordo com o filme, as conseqüências dessa dificuldade de expressão para as personagens envolvidas. Essas situações se refletem na vida real?
·       Em relação à trajetória profissional do protagonista do filme, podemos afirmar que o faz sentir-se realizado? Por que? O que é necessário, na opinião dos alunos, para que uma pessoa se sinta profissionalmente realizada? Pode-se, assim, aproveitar o filme para abordar um tema que tem ficado em segundo plano no mundo “globalizado”, assolado pelo desemprego estrutural e automatizado: a dignidade do trabalho e, por seu intermédio, a realização do ser social e humano, ainda que desvalorizado social e economicamente.
·       Solicite aos alunos que comparem o fragmento abaixo com as questões suscitadas pelo filme e elaborem, em duplas ou pequenos grupos, um texto com suas conclusões.

     Segure firme o tempo! Vigie-o, vele por ele, cada hora, cada minuto! Se não prestar atenção, ele escapa... que cada momento seja sagrado. Dê a cada um clareza e significado, a cada um o peso da sua consciência, a cada um a sua verdadeira e devida realização.
Thomas Mann
Citado por: L. Marinoff. Mais Platão. Menos Prozac

·       Se for possível, estabeleça um diálogo “fílmico” com o último episódio do filme Sonhos (EUA/Japão,1990), de Akira Kurosawa, em que a morte é tratada de forma bastante poética.
·       Para concluir, retome com os alunos a primeira atividade proposta, relacionando-a ao filme e refletindo sobre o que a pedra simboliza no contexto daquela história.
*Caderno de Cinema do Professor 4

domingo, 25 de julho de 2010

Vida de Menina




Gênero: Drama
Duração: 101 min.
Lançamento (Brasil): 2004
Distribuição: Riofilme
Classificação etária: Livre

Ficha Técnica:
Direção: Helena Solberg
Roteiro: Elena Soáres e Helena Solberg
Produção: Radiante Filmes
Produtor: David Meyer
Co-produção: Raccord Produções
Música: Wagner Tiso
Fotografia: Pedro Farkas
Direção de arte: Beto Mainieri
Edição:  Diana Vasconcellos
Figurino: Marjorie Gueller

Elenco:
Ludmila Dayer - Helena Morley
Daniela Escobar - Carolina
Dalton Vigh - Alexandre
Maria de Sá - Teodora
Camilo Bevilacqua - Geraldo
Lolô Souza Pinto - Tia Madge
Benjamim Abras - Teodomira
Lígia Cortez - Iaiá

O filme:
     Uma grande personagem essencialmente brasileira, num momento crítico de sua vida, briga para estabelecer sua liberdade e integridade. Tendo como pano de fundo um Brasil que acaba de abolir a escravatura e proclamar a República, Helena Morley começa a escrever o seu diário, que nos revela seu universo e um país que adolesce junto com a menina. Nesse momento da vida, Helena e magra, desengonçada e sardenta: se acha feia. Não é boa aluna, nem comportada como sua irmã Luizinha; seu apelido "Tempestade". Mas Helena, como nenhuma outra garota de Diamantina, escreve.
 

Curiosidade:
     Vida de Menina é o primeiro longa-metragem totalmente de ficção de Helena Solberg. Baseia-se no livro Minha Vida de Menina (O Diário de Helena Morley), de Helena Morley, um clássico da literatura brasileira, sucesso no Brasil e no exterior e que está em sua 19a. edição. Esse diário cobre os anos de 1893 a 1895, mas só foi publicado em livro pela autora em 1942, causando impacto.

Algumas possibilidades de trabalho com o filme
Vida de menina

  • Áreas curriculares: Linguagens e Códigos/ Ciências Humanas.
  • Sugestão de disciplinas: Língua Portuguesa/ Geografia/ História/ Filosofia.
  • Tema: Ética e Cidadania (Relações de gênero/ Relações de trabalho/ Formação do sujeito/ Patrimônio histórico)

Orientações preliminares:
     Sugere-se que as atividades a seguir sejam desenvolvidas por professores de disciplinas diferentes. É importante assistir ao filme em sua totalidade e, a seguir, selecionar fragmentos que ajudem na compreensão dos temas propostos. Lembre-se de que o filme, como qualquer objeto cultural, deve ser problematizado. Para sua análise, é importante que os alunos observem alguns elementos que o diretor utilizou para compor as cenas, tais como falas, gestos, vestimentas, paisagens e sons.

Atividades de aquecimento:
     O filme foi inspirado no diário de Helena Morley, pseudônimo de Alice Dayrell Brant, que tinha 14 anos quando o escreveu durante os anos de 1893 a 1895. Portanto, peça aos alunos para contarem se conhecem esse gênero de escrita ou se alguém na classe tem (ou tinha) o hábito de escrever diário.
    Você pode também levvar e comentar alguns diários, tais como:  Diários de Cristovão Colombo, Diário de Anne Frank ou o livro Paratii entre os dois pólos, de Amyr Klink, ou ainda pedir para que os alunos comentem sobre os próprios diários. O objetivo desta atividade é listar as principais características desse gênero e elaborar hipóteses acerca dos possíveis assuntos que serão tratados no filme.

Atividades:
     O filme, ambientado nos anos 90 do século XIX, pouco após a libertação dos escravos e da proclamação da República, trabalha com diversas polaridades e tem como eixo principal a oposição mulher/homem. Assim, a narrativa mostra dintinções: jovem/adulto; trabalho manual/ trabalho intelectual; protestantismo/catolicismo; criacionismo/evolucionismo; civilização/bárbarie; cultura popular/ cultura erudita; crise/prosperidade. Sugerem-se, portanto, atividades com o intuito de problematizar tais dicotomias a partir: 1) da formação do sujeito, 2) das relações de gênero e trabalho e 3) da cidade de Diamantina.

I - Formação do sujeito:
     Um dos temas centrais do filme é a formação do sujeito. Helena, por meio de sua relação com a escrita, nos relata suas afinidades e distanciamentos em relação às questões culturais de seu tempo. Assim, oriente os alunos para que, em grupo produzam um texto dissertativo-argumentativo, com o intuito de discorrer sobre as questões culturais que a afligiam e explicar a importância da escrita em sua formação. Para tanto, precisam:
  • Observar o tema e a forma (os gestos, olhares, o tom da fala, silêncios) como a autora dialoga com o padre Neves, com a avó Teodora, com a mãe Carolina, com a tia Madge, com o professor Teodomiro e com Leontino.
  • Rever a sequência no DVD: 45min 40s até 1h 10min 40s. Esta sequência é chave, pois ajuda na compreensão da relação de Helena com a escrita.
Observação 1

     
Peça para que os alunos observarem os provérbios e a sua função na cena do filme, tais como: "A mulher e a galinha nunca devem passear, a galinha o bicho come, a mulher dá o que falar", "Casamento e mortalha no céu se talha", "Não vá com tanta sede ao pote" ou "Eu penso que a vida é como um punhado de fubá que se põe na palma da mão, quando se assopra, vai embora e não fica nada". Tais textos ajudarão a perceber os aspectos discordantes da narrativa.

Observação 2:
     Peça que observem a relação de Helena com os amigos a partir do momento em que se torna escritora.



II - Relações de gênero e trabalho:
     Oriente os alunos para consultarem, em fontes atualizadas, sobre o fim da escravidão, a ampliação do trabalho assalariado, a transição da Monarquia para a República no Brasil.
    Depois de trocar e comentar as informações com os alunos, promova um debate com o intuito de identificar e explicar as principais características dos papeis sociais exercidos por mulheres e homens na sociedade patriarcal de Diamantina do final do século XIX. Para tanto, recupere algumas passagens no DVD, observando os itens a seguir:

     1) Os elementos utilizados pela diretora para compor o personagem: a fala, a escrita, a leitura, os gestos, os gostos, a vestimenta dos personagens:
a) Mulheres: Helena, Carolina (mãe), Dona Teodora (avó); Tia Madge; Generosa e Arinda.
b) Homens: Alexandre (pai), Geraldo (tio), Padre Neves, Prof. Teodomiro e Leontino.


     2) As atividades exercidas pelas mulheres brancas e pelas mulheres negras.


     3) Atividades exercidas pelos homens brancos e homem negro.
     Além disso, peça aos alunos para responderem, em grupos:
  •  Por que Helena é uma agente desestabilizadora no filme?
  • Quais são as semelhanças e diferenças na vida dos negros após o término da escravidão?

III - Cidade de Diamantina, patrimônio histórico
     O filme também ajuda na compreensão das razões dessa cidade ter se tornado um patrimônio histórico: seu declínio econômico. Peça aos alunos para pesquisarem sobre o que é patrimônio histórico e, a seguir, elaborarem um cartaz coletivo (da turma inteira), com o intuito de explicar as razões de Diamantina ter se tornado patrimônio histórico. Para tanto, siga o roteiro:

     1) Anotem as características da cidade de Diamantina que aparecem no filme (prédios, casas, ruas e meios de transportes).
     2) Consultem imagens fotográficas de Diamantina em site oficiais
  • http://www.diamantina.mg.org.br/portal1/intro.asp?ildMun=100131242
  • http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/Diamantina/port/apresent.asp
e de agências de turismo e anotem como são prédios, casas, ruas, meios de transporte hoje.

3) Anotem as mudanças e permanências e formulem hipóteses para explicar as razões das muitas permanências.

4) Leiam a história da cidade e do contexto histórico brasileiro em livros de História.

5) Organizem as legendas das fotos com linguagem adequada e objetiva. 
*Caderno de Cinema do Professor 1

terça-feira, 15 de junho de 2010

A Rosa Púrpura do Cairo





Gênero: Comédia
Duração: 72 minutos
Lançamento: 1985
Produção: EUA
Classificação etária: 12 anos

Ficha Técnica:
Direção e roteiro: Woody Allen
Produção: Robert Greenhut
Fotografia: Gordon Willis
Edição: Susan E. Morse

Elenco:
Mia Farrow - Cecília
Jeff Daniels - Tom Baxter / Gil Shepherd
Danny Aiello - Monk
Irving Metzman - Administrador do cinema
Stephanie Farrow - Irmã de Cecília
Edward Herrmann - Henry
John Wood - Jason
Deborah Rush - Rita
Van Johnson - Larry

O filme

     Em área pobre de Nova Jersey, durante a Grande Depressão norte-americana, Cecília, uma garçonete que sustenta o marido bêbado e desempregado, que só sabe ser violento e grosseiro, foge da sua triste realidade assistindo a filmes. Mas ao ver pela quinta vez A Rosa Púrpura do Cairo acontece o impossível! Quando o herói da fita sai da tela para declarar seu amor por Cecília, isto provoca um tumulto nos outros atores do filme. Logo o ator encarna o héroi e tenta contornar a situação. Assim, ela se divide entre o ator e o personagem.

Curiosidades

  • Ganhou o prêmio Fipresci no Festival de Cannes em 1985.
  • Woody Allen é considerado um dos maiores diretores da atualidade e produziu filmes de grande repercussão, como: Annie Hall, Manhattan e Zelig,entre outros.
  • Além de escrever roteiros e dirigir, Woody allen costuma atuar em seus filmes.
  • A Rosa Púrpura do Cairo é considerada uma das mais belas homenagens feitas ao cinema.
Algumas possibilidades de trabalho com o filme A Rosa Púrpura do Cairo

  • Áreas curriculares: Linguagens e Códigos / Ciências Humanas
  • Sugestão de disciplinas: Língua Portuguesa / Arte / História / Filosofia
  • Tema: Pluralidade Cultural - Metalinguagem e Figuras de Linguagem




Orientações preliminares

     Com A Rosa Púrpura do Cairo, os professores podem trabalhar, a partir da construção de sua narrativa e, também, por intermédio das figuras de linguagem, o deslocamento de situações espaço-temporais, alterações no tempo e no espaço, a mudança de sentido das palavras, usando, por exemplo, figuras de linguagem como a alegoria (uma representação figurativa que transmite um significado outro em adição ao literal), a metáfora (figura de estilo que consiste na comparação entre dois elementos por meio de seus significados imagéticos, causando o efeito da atribuição "inesperada" ou improvável de significados de um termo a outro), e a metonímia (emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associação entre eles).

Atividades       

     É relevante que os alunos conheçam sobre um dos nomes mais importantes da história do cinema: Woody Allen. Nesse sentido, peça para que eles pesquisem, em diferentes fontes, sobre uma cinematografia, socializando as informações com os colegas. Igualmente importante é apresentar a ficha técnica do filme para os alunos.  
      
     Após terem assistido ao filme, os professores podem promover uma discussão das seguintes questões com os alunos: O que seria real? O que seria ficção? O que seria realidade? E fantasia, fabulação, sonho? É possível nos deslocarmos de nossa realidade? Em que medida? Qual e como seria o "passaporte" para esse deslocamento? Que "figuras de linguagem" podemos reconhecer nesse filme?

Algumas sugestões que podem embasar essa atividade:

     Explorar algumas passagens do filme que mesclam a relação entre aquilo que é real e ficcional; por exemplo, no momento em que o personagem Tom Braxter, de dentro do filme A Rosa Púrpura do Cairo, passado no cinema de Nova Jersey, fala com a cinéfila Cecília - viciada em filmes hollywoodianos. Todo esse debate em torno do reconhecimento de figuras de linguagem pode ser conduzido pelo professor de Língua Portuguesa.

     Trabalhar com a linguagem cinematográfica, discutindo, por exemplo, o quanto, nas artes visuais, artistas também se apropriaram de outras obras de arte para realizar as suas. Nesse sentido, a arte tratando da própria arte como assunto ou tema. Pablo Picasso (1881 -1973), um artista do século XX, por exemplo, faz referência em suas obras a outros artistas do século XVII, como Diego Velázquez (1599-1660). Uma operação que dialoga com a colagem, a apropriação e "citação".

     Trabalhar o período da Grande Depressão nos Estados Unidos, a situação socioecônomica em que cidades como Nova Jersey se encontravam naquele momento histórico: pessoas desempregadas, parques e construções desativadas, ambientes presentes no filme. Além disso, vale a pena discutir com os alunos sobre o papel ambíguo do cinema: escapismo que aliena as pessoas e sonhos diante de uma realidade miserável. Nesse particular, pode ser feita uma comparação com as nossas telenovelas.

     Explorar a ideia de deslocamento via mito da caverna de Platão, a possibilidade de se desprender do senso comum pela arte. Com esse mito é possível que se discuta a diferença entre o conhecimento pautado no senso comum (no qual podem existir enganos) e o conhecimento filosófico, no qual é possível que se perceba o modo como uma falsa realidade pode nos ser imposta.

     Somados, as reflexões sobre as questões discutidas com os alunos e o reconhecimento da possibilidade de fusão entre ficção e realidade, a possibilidade de sonho e de deslocamento num momento real historicamente vivido, da arte na própria arte, sugere-se que os alunos criem uma narrativa, individualmente ou em pequenos grupos, um texto que possa mesclar esses ou alguns desses elementos: a metonímia, as figuras de linguagem, a colagem, apropriação, fabulação, deslocamento (Arte), a contextualização histórica de um período peculiar, ou, ainda, o mito da caverna de Platão.

     Para finalizar, provoque uma discussão com os alunos sobre o filme em questão a respeito de quem viveria mais num mundo de fantasia: o ator (um deslumbrado pela fama) ou o personagem (que é mais crítico do que muitos que vivem na "realidade")?  
*Caderno de Cinema do Professor 1
 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A Cor do Paraíso





Gênero: Drama
Duração: 86 minutos
Lançamento: 1999
Produção: Irã
Classificação etária: Livre

Ficha Técnica:
Direção e roteiro: Majid Majidi
Produção: Mehdi Karimi, Ali Kalij
Fotografia: Mohammad Davoodi.
Música: Alireza Kohandari
Edição: Hassan Hassandoost

Elenco:
Houssein Mahjoub - Pai
Mohsen Ramezani - Mohammad
Salime Feizi - Avó
Farahnaz Safári - Irmã mais velha
Elham Sharifi - Irmã mais nova

O filme

      Produção iraniana que recebeu muitos prêmios mundo afora, A Cor do Paraíso narra a comovente história de Mohammad, um menino cego que mora numa escola para deficientes visuais e que, nas férias, volta para seu vilarejo nas montanhas, onde convive com as irmãs e sua adorava avó. O pai, que é viúvo, se prepara para casar-se novamente e encara a presença do menino como um estorvo para a nova vida que pretende levar.

 

Curiosidades:

  • O cinema iraniano ganhou grande visibilidade a partir dos anos 1990, principalmente no circulo europeu de festivais.
  • Vários sucessos internacionais dos cineastas desse país ainda estão censurados dentro do próprio Irã.
  • Os diretores mais conceituados são Abas Kiarostami, Jafar Panahi, Mohsen Makhamalbaf e sua filha Samira Makhmalbaf, mas Majid Majidi é o que tevve maior aceitação no ocidente, a partir do sucesso de Filhos do Paraíso.




Algumas possibilidades de trabalho com o filme A cor do Paraíso
  • Áreas curriculares: Linguagens e Códigos/ Ciências Humanas.
  • Sugestão de disciplinas: Língua Portuguesa/ Filosofia
  • Tema: Ética e Cidadania (Exclusão/Inclusão Social).
 Orientações preliminares: 
     O filme é de origem iraniana. Por esse motivo, antes da exibição, recomendda-se apresentar as informações da ficha técnica, bem como chamar a atenção dos alunos para os aspectos filmicos, tais como: fotografia, ritmo, cenário, etc.
     
Atividades:
     Recupere os principais momentos do filme com seus alunos: oralmente, por escrito, a partir dos capítulos do DVD, etc., a fim de que cada um possaa expressar o que entendeu sobre o filme.
      Explore alguns momentos, de modo que os alunos possam identificar situações típicas de exclusão e de in clusão social.
     Pergunte para os alunos o que eles entendem por exclusão social e por inclusão social. Na lousa, registre a definição dos alunos, produzindo um texto coletivo. Peça para os alunos consultarem esse conceito, utilizando preferencialmente um dicionário da área de Ciências Humanas. Compare as definições.
     Peça aos alunos para exemplificarem, a partir de diferentes contextos sociais reais, situações de exclusão e inclusão social.
     O personagem principal - Mohammad - teve experiências diferenciadas com relação à escola. Discuta com os alunos como Mohammad se sentia na escola especializada para deficientes e na escola comum, e tente concluir qual seria a melhor escola para Mohammad e por quê.


     Mohammad é um garoto que tem uma sensibilidade apurada a respeito de sentir o mundo. Discuta com seus alunos como Mohammad "vê o mundo" e o que significa o "paraíso" para ele.
     Que lição é possível aprender com Mohammad?
     Entre os aspectos filmicos: o diálogo, a trilha sonora e os cenários, o que chamou a atenção dos alunos?
     Promova um debate com os alunos a respeito das seguintes questões:


Para as pessoas que têm a visão perfeita:
  • "Ver" e "enxergar" têm o mesmo sentido? Justifique a resposta.
  • Em determinadas situações comuns da vida, passamos perto de alguma coisa ou de pessoa e não a enxergamos. 
a) Que situações são essas e por que isso acontece?
b) Esse comportamento sempre foi assim ou é típico da sociedade contemporânea?



     Em grupos de 5 ou 6 alunos, peça a eles que discutam as questões abaixo e registrem as respostas.
  • Relacione diferentes situações de vida que deixamos de viver intensamente pelo fato de não as enxergarmos.
  • Pesquise uma letra de música, uma poesia, um painel, uma figura, um trecho de outro filme, uma obra de arte, etc. que possa representar uma dessas situações da vida que deixamos de viver intensamente pelo fato de não as enxergarmos.
         Cada grupo deverá fazer a exposição para a classe sobre o resultado da pergunta do grupo.
     Caso os alunos tenham acesso à obra de Manuelzão e Miguilim, de João Guimarães Rosa, poderia ser feito um paralelo entre as histórias dos dois protagonistas: Mohammad e Miguilin. Esse trabalho poderia realizar-se em grupos de 4 ou 5 alunos ou ainda coletivamente sob a coordenação do professor.
     Individualmente, peça aos alunos para registrarem uma passagem do filme que mais impressionou a eles e por quê, socializando as produções com os colegas da turma.




Outras possibilidades de trabalho:
     
      Em grupo, os alunos poderiam:
  • eleger, a partir do entorno social da escola, situações representativas de exclusão e de inclusão social.
  • criar mecanismos para maximizar a inclusão social e minimizar as situações consideradas de exclusão social, a fim de melhorar ou até mesmo de reverter o quadro da exclusão do entorno social.
  • divulgar para a comunidade escolar, por meio de exposição com fotos, cartazes, etc., as ações que os alunos julgaram necessárias para maximizar a inclusão e minimizar/reverter o quadro da exclusão do entorno social.
      Se possível, organize um debate convidando as instituições representativas dos diferentes setores sociais envolvidos.
*Caderno de Cinema do Professor 1