sábado, 19 de março de 2011

Cantando na chuva


Gênero: Comédia musical
Duração: 118 minutos
Lançamento: 1952
Produção: EUA
Classificação etária: Livre

Ficha Técnica
Direção: Stanley Donen/Gene Kelly
Roteiro: Betty Comden e Adolph Green
Produção: Arthur Freed
Fotografia: Harold Rosson
Música: Nacio Herb Brown e Lennie Hayton
Montagem: Adrienne Fazan

Elenco:
Gene Kelly - Don Lockwood
Donald O'Connor - Cosmo Brown
Debbie Reynolds - Kathy Selden
Jean Hagen - Lina Lamont
Millard Mitchell - R.F. Simpson
Cyd Charisse - Dançarina
Douglas Fowley - Roscoe Dexter

O filme
    Don Lockwood e Lina Lamont são dois grandes astros do cinema mudo, sucesso garantido de bilheteria. Mas o ano é 1927 e a indústria cinematográfica americana se prepara para entrar na era do cinema falado. O casal é escalado, então, para um filme musical. Com Don, tudo bem, mas Lina, além de não ter talento para cantar, tem uma voz fraca e precisa ser dublada por uma aspirante a atriz, Kathy Selden. É aí que entra o romance considerado por boa parte dos críticos o melhor musical de todos os tempos. Don se apaixona por Kathy e decide fazer de tudo para que o talendo da amada seja finalmente reconhecido e não fique escondido atrás da patética figura de Lina.

Curidosidades: 
  • Ao contrário da grande maioria dos fiilmes, incluindo os musicais, o roteiro de Cantando na Chuva foi escrito após a escolha das canções. Foi a história que se adaptou ao musical.
  • Uma das maiores dificuldades de um diretor de fotografia é fazer com que, em uma cena de chuva, a água seja visível ao espectador. Dependendo da iluminação e do posicionamento da câmera, ela pode "sumir" da imagem, ficar imperceptível. Na famosa cana em que Gene Kelly canta Singin' in the Rain, a chuva artificial não foi feita apenas com água, mas sim com uma mistura de água com leite, o que a tornou mais visível.
  • Além de importante por suas qualidades, Cantando na Chuva também retrata uma das grandes rupturas do cinema: a passagem do cinema mudo para o cinema sonoro.


Algumas possibilidades de trabalho com o filme Cantando na Chuva:
  •  Áreas curriculares: Linguagens e Códigos, Ciências da Natureza, Ciências Humanas.
  • Sugestões de disciplinas: Arte, Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática, História.
  • Tema: Pluralidade Cultural: as diferentes linguagens.
Orientações preliminares: 
     Antes de exibir o filme, é aconselhavél que o professor converse com os alunos sobre os principais momentos da história do Cinema, em especial sobre a passagem do cinema mudo para o cinema falado. Igualmente importante é contextualizar o filme Cantando na chuva, produzido em 1952, com o momento cultural dos Estados Unidos naquela época: a popularidade da televisão, o declínio da frequência ao cinema, a preferência pela comédia musical e por qque este filme é considerado um clássico do cinema.

Atividades:
     Caberia, inicialmente, investigar o conhecimento dos alunos sobre os gêneros dos filmes, para que eles possam identificar qual é o gênero predominante no filme Cantando na Chuva. Para aprofundar os conhecimentos a respeito da história dos musicais, peça para que eles façam uma pesquisa.
     A despeito dos desafios que serão enfrentados com a chegada do cinema sonoro, o roteiro deste filme se resume em montar o primeiro musical do cinema. Pergunte aos alunos quais foram esses desafios. Procure discutir com eles outros avanços tecnológicos: TV P&B / colorida; LP / CD; VHS / DVD, etc.
     Tente estabelecer, junto aos alunos, as semelhanças e direrenças entre cinema mudo e sonoro, concluindo, ao final, se existiu, de fato, um cinema que era totalmente mudo.
     Aos 21min20s do filme, é apresentado o é apresentado o "filme falante" à sociedade da época. Qual foi a reação daquele público? Como as pessoas se reportaram ao "filme falante" e por que o chamaram daquela forma ("o brinquedo"; "isso", etc.)?
     É possível afirmar que existe um forte apelo da linguagem do clown (cenas criadas a partir de um texto escrito influenciado pelas técnicas teatrais) no filme. Escolha uma das cenas que possa ser representativa dessa linguagem e discuta com os alunos alguns aspectos ali apresentados, como: o cenário, a iluminação, a trilha sonora, o figurino, os movimentos corporais, o ritmo das cenas, a posição da cãmera, etc. 
     Além da iamgem da capa do DVD, que outra(s) Imagem(ns) poderia(m) ser representativa(s) do filme? Por quê?
     Com Cantando na Chuva, Gene Kelly reuniu elementos da dança1 e da música no "corpo" da narrativa cinematográfica. Reveja ou relembre, junto com os alunos, alguns estilos de dança que aparecem no filme.
     No dialógo entre Don Lockwood (Gene Kelly) e Kathy (Debbie Reynolds), quando ele cai literalmente no carro da moça, há uma forte discussão sobre o valor do Cinema como Arte e o preconceito, na época, que artistas teatrais tinham dessa nova arte. Pergunte aos alunos: Ainda existe esse preconceito na sociedade? Peça para justificarem suas opiniões.
     Aos 17min13s do filme, Don Lockwood declara: "Nós, estrelas do cinema, temos a glória. Temos de arcar com as pequenas desilusões que vêm com ela. Todos acham que temos uma vida de glamour e romance, mas, na verdade, somos solitários". O que os alunos pensam sobre essa fala? E sobre a exploração, pela mídia, da vida privada dos artistas?
     Nas aulas de Arte e Língua Inglesa, os alunos poderiam escolher uma música da trilha sonora do filme, trabalhar sua letra e ensaiar, em grupo, diferentes coreografias cantadas.
     Divida a turma em grupos e peça para eles elegerem uma cena do filme que mais lhe agradou. A partir dessa cenam peça para os alunos justificarem suas escolhas, por meio de um pequene texto, contendo:
  • Por que foi escolhida essa cena?
     Por fim, escolha um momento histórico importante (nacional ou mundial) e discuta com os alunos qual foi o impacto desse momento no cinema, na dança, no teatro, na literatura e ous nas artes plásticas.
*Caderno de Cinema do Professor 1

1 - Para saber mais sobre teatro e dança na sala de aula, leia os textos publicados no site: http://culturaecurriculo.edunet.sp.gov.br > escona em cena, em especial o texto "Ler a dança em todos os sentidos". de Lenira Rengel. 

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